LOGOSOFIA 4




 RESULTADOS DA REALIZAÇÃO
LOGOSÓFICA NOS ASPECTOS
MAIS PROEMINENTES DA
VIDA HUMANA
 NO INDIVIDUAL
Passaremos a precisar os resultados do estudo
logosófico nos aspectos mais importantes da
configuração humana. No individual, queremos
destacar a eficácia do método pela soma de vantagens
que cada qual vai anotando em seu haver pessoal.
Passemos, pois, à especificação cabal dos benefícios que
o indivíduo vai recebendo, quando, transformado em
logósofo, realiza seu processo de evolução consciente.
Entender-se-á que tais benefícios são, evidentemente,
os resultados positivos que ele obtém enquanto
cumpre com empenho e constância as diretrizes que a
Logosofia estabelece em seu auxílio, resultados estes
que resumiremos assim:

1) Aprende a conduzir sua vida conscientemente.
Isso lhe outorga vantagens de toda ordem, porque sabe
a que se ater em cada circunstância ou diante de qual-
quer situação.Age em todos os casos sem precipitações,
tendo em conta o que sua vida representa e o que dela
deve fazer para sua felicidade futura.
2) Aprende a ser dono dos pensamentos que
atuam em sua mente e controla todo pensamento
externo que tente influenciá-la. Sabe como aumentar,
mediante a função seletiva de sua inteligência, o

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 número e qualidade dos pensamentos que favorecem
sua evolução, e como eliminar os que a entorpecem.
3) Muda sua conduta, seu modo de ser e de agir,
com o que enaltece, em tempo relativamente breve, o
conceito que dele se tinha, tanto entre seus familiares
como no círculo de suas amizades ou vinculações for-
tuitas.
4) Satisfaz plenamente suas inquietudes de ordem
espiritual, tranqüiliza as psicológicas e encaminha com
favorável auspício as econômicas.
5) Adquire segurança no pensar e no agir.
6) Seu caráter, antes agressivo, irascível, amargura-
do ou triste, torna-se sereno, alegre e otimista.
7) Enriquece sua consciência com o concurso de
conhecimentos transcendentes. Esses conhecimentos
lhe permitem introduzir-se em seu mundo interno e
explorá-lo.Ao fazer isso, toma contato com o mundo
metafísico ou transcendente, fonte das concepções
eternas, por ser mental sua poderosa e fecunda força
criadora.
8) Consolida a fé em si mesmo, fato este que o
emancipa de toda fé baseada no abstrato, incapaz de
resistir à analise sensata da razão. A fé em si mesmo é
sinal evidente de integridade moral e espiritual, e
adquire força categórica na livre decisão da vontade do
indivíduo.
9) Alcança, finalmente, a redenção de si mesmo,
prerrogativa que a lei de evolução lhe concede1
.É pre-
cisamente no processo de evolução consciente,
paralelo ao conhecimento de si mesmo, que o ser
encontra, como esculpidos em relevo, os erros cometi-
dos e as dívidas que contraiu ao longo de sua
existência.Tais erros, ele os pode reparar até culminar
 PG77
 na liberação de tão pesada carga, graças à capacitação
logosófica alcançada; quanto às dívidas contraídas,
podem elas ser definitivamente canceladas, ao se fazer
o bem conforme a Logosofia prescreve, consciente-
mente, e com tal qualidade e volume que exceda com
folga a totalidade dos erros, desacertos e tudo quanto
de mau possa ele ter feito até o momento de iniciar
seu processo de evolução.
NO PSICOLÓGICO
O desconhecimento da realidade interna assume,
em cada indivíduo, proporções de desesperança à
medida que avança em idade, e – a menos que con-
forme sua vida à resignada inabilitação de suas aptidões
superiores, por carecer dos conhecimentos que as
desenvolvam – buscará por todas as partes, com cres-
cente inquietude, a palavra luminosa que clareie seu
entendimento e resolva a indagação que se plasma na
mente do homem diante da incógnita de seu destino.
Na parte psicológica, que é a intermediária
entre a física e a espiritual, é onde se fazem
mais evidentes os resultados obtidos pela ação do co-
nhecimento logosófico.

Ao tomar contato com sua realidade interna e
focalizar a observação em zonas ignoradas de sua
estrutura psicológica e mental,o indivíduo experimen-
ta uma sucessão de câmbios em sua maneira de ser,
principalmente no pensar e sentir, o que lhe amplia a
vida. Essa ampliação da vida dilata, naturalmente, o
campo das projeções dos sistemas mental e sensível
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estimula notavelmente o esforço para maiores
aquisições no campo do saber transcendente.
O estudo dos pensamentos, que, complementado
com o das deficiências, dá capacidade executiva
ao esforço por erradicar da vida toda influência nociva,
traz paralelamente um positivo avanço na evolução do
ser. Aumentam as forças psíquicas que sustentam o
potencial dinâmico das energias mentais, e o ser, assim
fortalecido, alcança os estados mais lúcidos de sua
inteligência.Mas a isto logicamente será preciso acres-
centar outras realizações ensejadas pelo método
logosófico, para que surja, em sua plenitude, o ente
psíquico, antes entorpecido pela ausência de estí-
mulos para seu desenvolvimento.
Cabe, além disso, registrar a sensação de equilíbrio
psicológico e mental que o ser experimenta, assim
como as de alegria e bem-estar que o acompanham em
todos os momentos de sua vida.
Como vimos, a influência construtiva da
Logosofia sobre a parte psicológica do ser é
poderosa e decisiva, já que cumpre os altos fins da
evolução em seu aspecto consciente.
Voltando aos pensamentos, são eles precisamente
os que sofrem o primeiro impacto da ação orde-
nadora, seletiva e fertilizante de nossos conhecimentos,
desde o momento em que é na direção deles que o
método logosófico dirige sua corrente depuradora e
edificante.
Aos pensamentos de velha data não fica senão a
alternativa de se ausentarem do recinto mental
OG79

de quem começa seu processo de evolução consciente,
ou acabarem desintegrados, porque o dedo acusador da
realidade os aniquila. Se tais pensamentos não foram
capazes, antes, de alentar dentro da mente humana
nenhuma idéia feliz, nem oferecer a menor colabo-
ração para resolver os problemas da vida rotineira,
muito menos poderiam ajudar no desenvolvimento
das possibilidades transcendentes do ser. Daí a impe-
riosa necessidade de desalojá-los, a fim de que outros
pensamentos de índole superior ocupem seu lugar. É
esta uma experiência de singulares projeções para o
reequipamento mental, moral e espiritual do ser;
experiência que nunca falhou, e que prova a eficácia do
método nessa parte tão importante de sua aplicação.
Tenha-se muito em conta que, no geral, o
homem não atribui nenhuma importância aos
pensamentos, tanto que jamais se ocupa deles, con-
fundindo as funções dos mesmos com as de sua
faculdade de pensar.Tampouco poderia assegurar se o
pensamento que expressa em determinado momento
é seu ou é alheio. Possuir, pois, o domínio do próprio
campo mental e ser dono e senhor dos pensamentos,
próprios ou alheios, que serão postos a serviço da
causa do aperfeiçoamento, é alcançar uma conquista
de imponderável valor para a vida. Desnecessário
seria, aqui, estender-nos mais sobre o que significa
para o destino da criatura humana o conhecimento e
o domínio dessa extraordinária e fecunda realidade,
que haverá de iluminar os melhores dias de sua
existência no mundo.
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 NO MORAL
No moral, com justa razão, é de deprimir a linha
descendente que se observa no seio das grandes
comunidades humanas, especialmente entre os jovens,
sobre os quais mais repercute a falta de atenção por
parte dos adultos. Essa desatenção tem sua origem em
causas que já assinalamos e das quais voltaremos a nos
ocupar mais adiante, ao falar do espiritual. Pais e pro-
fessores mal podem orientar a juventude, quando neles
mesmos estão radicadas essas causas que vêm de longe,
e que tantos prejuízos sempre ocasionaram à moral do
homem. É um fato inegável que a orientação dada à
infância e à juventude carece de verdadeiro incentivo
moral.Nem a criança nem o jovem são levados a for-
mar um conceito claro de sua responsabilidade como
seres inteligentes e donos de uma vida que devem dig-
nificar com o exemplo de sua vontade posta a serviço
de suas aptidões. Em outros termos, não lhes é ensina-
do a ser conscientes do que pensam, fazem e sentem.
O frio método pedagógico dos estabelecimentos
educativos – oficiais e particulares – carece de eficácia
no fundo da psicologia de cada educando; ao con-
trário,mantém-se na superfície da mesma, dando lugar
a uma defeituosa formação da personalidade. Todo
ensinamento moral não avalizado pelo exemplo de
quem o dita, atua em sentido contrário na alma de
quem o recebe. É esse um fato tão evidente que
ninguém ousará pô-lo em dúvida.A Logosofia declara
que a moral surge, no indivíduo, das excelências de seu
sentir interno. É preciso cultivar essas excelências e ser
consciente de que elas constituem uma força impon-
derável, quando postas a serviço dos desígnios
superiores do espírito.
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Depois de se ter deixado o mal avançar tanto,
não basta apontar uma ou outra vez o desvio,
com posturas sentenciosas desta ou daquela cátedra; o
que a humanidade necessita é que se lhe ensine e trans-
mita o verdadeiro conhecimento de sua evolução. É
necessário dar ao homem os elementos que lhe faltam
para orientar sua vida com segurança pelos caminhos
do mundo. É precisamente isso o que a Logosofia ofe-
rece a favor do grande problema pedagógico-moral
cuja solução a consciência humana reclama.
A juventude, por exemplo, sofre a falta de uma
preparação básica para a vida.Não recebe diretrizes
precisas que lhe determinem a conveniência de seguir
uma conduta reta, conduta que deve ser ilustrada com
imagens claras a respeito das responsabilidades que cada
indivíduo assume, tanto na família como na sociedade. É
necessário que o jovem chegue a compreender a fundo
que toda infração aos princípios morais e sociais de con-
vivência humana introduz uma perturbação em sua vida,
em prejuízo do conceito que merece.Além de atender a
todos esses aspectos, o ensinamento logosófico vai mais
além: ensina o jovem a ser consciente de seus pensamen-
tos e atos.Desse modo, adverte-lhe que suas aspirações de
êxito na vida deverão condicionar-se a um comporta-
mento que não desvirtue a legitimidade das mesmas.
O incremento da delinqüência juvenil obedece,
em grande parte, ao fracasso dos sistemas
pedagógicos empregados até o presente.As mentes dos
jovens são assaltadas por pensamentos que os levam a
cometer toda classe de deslizes.A pedagogia logosófica
inclui, para estes casos, um elemento de grande valor:
as defesas mentais, que agem sobre os pensamentos
negativos como os repelentes usados para eliminar
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insetos.O conhecimento do sistema mental e dos pen-
samentos que se hospedam na própria mente, a
eliminação dos maus ou inúteis e o aumento dos bons
ou úteis são fatores importantíssimos de defesa mental.
Mas a moral – insistimos – se edifica com o bom
exemplo, não com palavras. Nutre-se e afirma-se
numa atitude que surge do ser interno como imperativo
da consciência. Essa atitude é o respeito; o respeito que
cada qual deve ter para consigo mesmo, a fim de não pre-
judicar seu conceito com pensamentos, palavras ou atos
que o denigrem; o respeito ao semelhante, que outorga
a mesma consideração por parte dos demais; o respeito
a Deus, afastando da mente todo pensamento ou idéia
que não favoreça a aproximação a Ele pelo caminho do
saber e da perfeição; finalmente, o respeito que se deve a
tudo o que, por sentimento natural, inspira respeito.
Nos ambientes onde se cultiva o ensinamento
logosófico, ambientes nos quais o respeito e o
afeto se somam ao afã comum de evolução, a moral é
uma norma congênita, tornada hábito em todos. Daí
que a infância e a juventude não sofram ali o desam-
paro espiritual que os que vivem e se educam em
outros ambientes acusam.
Quando os jovens não são instruídos, durante
sua fase incipiente como seres racionais, acerca
dos perigos que ameaçam suas vidas, caem facilmente
nas redes que as ideologias extremistas lhes estendem,
com o fim de enganá-los e fazê-los servir a seus
obscuros desígnios.
Ao proteger a infância e a juventude contra qual-
quer tipo de intenções que pretenda desviá-las do
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bom caminho, a Logosofia oferece a todos a possibi-
lidade de conservar sua liberdade. E a conservam não
se entregando ao domínio de ninguém, senão ao de si
mesmos, para serem donos absolutos de sua pessoa e
responsáveis diretos pela condução de sua vida.
Quem experimentou a tortura do desconceito
por ter sua pessoa em má conta verifica, me-
diante o saber logosófico, que seu pensar e sua conduta
lhe vão granjeando simpatia e respeito, o que lhe per-
mite sentir-se cômodo e a gosto onde quer que se
encontre, seja entre amigos, seja entre simples conheci-
dos. Em outros termos, aprende a ser grato e a inspirar
uma boa recordação em todas as partes. É um crédito
moral nada desprezível.
O enunciado destes resultados e benefícios nos
permite destacar o enorme valor do processo de
evolução consciente, o qual, ao mesmo tempo que
depura o indivíduo de tudo de mau e inservível que
atormenta sua existência, concede-lhe a vantagem de
supri-la com o que lhe seja útil e realmente bom, e essa
série de câmbios constitui o princípio básico no qual vai
sustentando sua própria redenção. Isso é o que todos
podem fazer por si mesmos, sem necessidade de recor-
rer a nenhum intermediário oficioso; ninguém pode
arrogar-se esse poder a expensas de outrem, porque
Deus dotou cada criatura humana para que a liberdade,
o dever, o direito e a responsabilidade se consubstanciem
nela como essência viva e inalienável de sua existência.
NO ESPIRITUAL
É este um dos setores da atividade humana mais
castigados pelo desvio que, através das épocas,

PG84
veio incubando a desorientação e o ceticismo em
grande parte da humanidade.
A julgar pelo estado de inquietude, insatisfação,
dúvida e desolação manifestado pela maioria dos
que recorreram e recorrem aos nossos ensinamentos,
podemos inferir, com boas razões, que a civilização
ocidental – ou seja, sua cultura, que é seu conteúdo –
se acha em vias de uma derrocada inevitável.Há sécu-
los não supera seus conceitos, que mantém aferrados ao
que se chamou de “tradição”, sem que se tenha pensa-
do, certamente, que não se devem truncar as grandes
possibilidades humanas de evolução, porque isso inabi-
litaria o homem para dar cumprimento cabal ao
objetivo máximo de sua existência. Foram-lhe incul-
cadas, graças a uma milenar submissão, idéias e crenças
que só serviram para endurecer seus sentimentos e
imobilizar certas zonas de sua mente, precisamente
aquelas que respondem aos ditados internos de aproxi-
mação a seu Criador, a seu Deus. Não tem sido outra
coisa o que vemos aparecer na superfície desse mundo
individual, tão logo levamos o homem a examinar,
com lucidez de juízo, em que realidade se baseia sua fé
cega, bem como a examinar se já se deteve, em algum
momento, para refletir acerca da necessidade de estar
certo sobre uma questão de tanta transcendência. Em
quase todos temos encontrado a mesma obstinada
resistência a realizar tal exame de consciência. E em
todos, sem exceção, temos visto refletido o temor de
que lhes seja demonstrado o erro em que vivem.
Como se esse erro, ao qual inconscientemente se afer-
raram, por força de acreditarem nele pudesse
converter-se milagrosamente em verdade, como com-
pensação à sua cegueira.
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Entretanto, apesar do inconveniente anotado,
temos podido comprovar a eficácia de nosso
método ao atuar com êxito sobre os sistemas mental e
sensível daqueles que, em tal estado, recorrem à fonte
logosófica para se inteirarem de seus conteúdos essen-
ciais. Em honra à verdade, devemos destacar que, em
relação às pessoas em quem foram inculcadas com
força idéias ou crenças do tipo religioso, custou muito
trabalho fazê-las retornar à realidade. Fica fácil para o
logósofo experiente descobrir a característica predomi-
nante dessa classe de seres, que em sua maioria, como
dissemos, foram submetidos desde tenra idade ao
processo de fixação inconsciente de certas imagens
rígidas – e, portanto, estáticas –, relacionadas com sua
educação espiritual.Temos também presenciado o des-
pertar dos mesmos e suas manifestações de alegria, ao
experimentarem, pela primeira vez, a sensação sublime
de pensar e sentir com inteira liberdade, o que, no
fundo de suas almas, já transbordava de necessidade.
Isso prova que as proibições estabelecidas por
certas comunidades com respeito à infância, e
que perduram durante a vida do crente, se tornam
totalmente nocivas para o desenvolvimento espiritual e
evolutivo do ser humano.
São tão lógicas e claras as questões suscitadas pela
Logosofia, e tão fundamental sua orientação para
resolvê-las,que só as mentes obcecadas pelos preconceitos
recusam suas verdades, que beneficiam e libertam a cada
um, individualmente. Isso nos recorda aqueles escravos
sulinos, na Guerra da Secessão, que imploravam continuar
sob o jugo de seus requintados senhores, porque se sen-
tiam incapazes de ser livres e bastar a si mesmos na luta
pela vida.Apesar disso, tão logo se foram habituando ao
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exercício da liberdade, aprenderam a comportar-se como
os demais e, surpresos, viram desaparecer, uma após outra,
as dificuldades que a princípio acreditavam insuperáveis,
ao mesmo tempo que essa nova luta pela existência se
mostrava para eles cada dia mais interessante, à medida
que se sobrepunham à inibição que os havia impedido,
até então, de sentir a vida como própria e de fazer dela
um motivo permanente de alegrias e de estímulos. Pois
bem, a mesma coisa experimentam, sem maiores varia-
ções, aqueles que, liberados da escravidão religiosa ou
ideológica, em lugar de servir cegamente a um amo
servem aos propósitos de seu destino e à causa da
humanidade em sua evolução consciente, rumo aos ele-
vados desígnios para os quais foi destinada.
É este, sem dúvida, um dos resultados mais apre-
ciáveis que se obtêm da ciência logosófica com a
aplicação de seus preceitos. Na maioria dos casos, age
como gerador das energias mentais que os seres
perderam durante a estéril passividade a que foram leva-
dos pela inculcada fé no abstrato, em prejuízo da fé em
si mesmos. A Logosofia – já o dissemos em alguma
outra parte – restitui ao homem essa fé perdida, fazen-
do com que saiba por conta própria quais são os
fundamentos reais que assistem a cada idéia ou ato,
bem como evitando-lhe aceitá-los sem raciocínio
algum, pelo simples fato de confiar na palavra alheia.
Fica assim resolvido um problema que aflige a
humanidade desde tempos imemoriais. O
homem deve emancipar-se – já é tempo – de toda
superstição ou embuste que ensombreça sua razão, e
encarar decidida e valentemente a realidade que só
através do conhecimento lúcido de sua inteligência ele
pode assimilar, para bem de seu espírito e de sua vida.

PG87
NA FAMÍLIA
No seio da família, a prática do conhecimento
logosófico e o adestramento consciente das
aptidões mentais e psicológicas produzem resultados
fecundos. Lares onde reina a discórdia – por causa de
desavenças, antagonismos de modalidades, predileções,
diferenças de gostos ou opiniões, bem como por
ausência de toda vontade de conciliação – vão mudan-
do gradualmente pela ação harmonizadora e criadora
do ensinamento logosófico, até alcançar aquela doura-
da concórdia que só se manifesta quando os lares
*
da
compreensão, do respeito e do afeto foram benevola-
mente acolhidos no páramo doméstico, convertendo-o
em oásis. É que o cultor da Logosofia, ao consagrar seu
tempo disponível à realização do processo de evolução
consciente, que implica um constante melhoramento
de suas aptidões e condições, propicia e faz efetiva a
grata convivência no lar. Geralmente, os apreciáveis
câmbios observados em quem começa a viver logosofi-
camente levam os demais membros da família à decisão
de seguir idêntico caminho, com o que o lar se torna,
finalmente, um baluarte de paz e de felicidade.Todos
falam e comentam, com viva alegria, sobre as ocorrên-
cias do processo que estão realizando, e revivem com
prazer os momentos de elevadas vivências psicológicas
e espirituais que se promovem no imenso campo de
estudo e experimentação da Logosofia.
O conceito logosófico sobre a conduta humana,
que cada logósofo torna próprio por considerá-

PG88
lo imprescindível como respaldo de sua vida de relação,
leva a compreender, sem lugar a dúvidas que a for-
mação ética de uma pessoa depende de certos fatores
e, muito especialmente, do cultivo que faça de suas
qualidades morais e sensíveis. A ética não teria finali-
dade ou, melhor ainda, não cumpriria seu verdadeiro
objetivo social, se não contivesse os elementos básicos
que a tornam possível, a saber: elevação de propósitos,
tolerância, paciência, obsequiosidade sincera, naturali-
dade no trato, afabilidade, prudência e tato nos juízos
que se emitem sobre terceiros.Arrematando esse enun-
ciado ético, diremos também que, acima de tudo,
haverá de reinar a cortesia como expressão de afeto e
de respeito e, do mesmo modo, o pensamento conci-
liador, que consolida a mútua consideração e
entendimento.
Pode-se ver agora por que a Logosofia realiza
obra tão benéfica no seio dos lares, ao transfor-
mar fundamentalmente o ambiente mental e
psicológico em que antes a família se debatia, pelo fato
de pais, mães e filhos carecerem dessas diretrizes pre-
cisas, as quais levantam o ânimo, aquietam as excitações
do temperamento e obrigam a ser cada dia mais cons-
ciente da própria responsabilidade moral.


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Para o seu maior aproveitamento,sugiro que
estude uma pagina por vez,ou até menos,já que é muito
importante que voce se auto avalie sempre que terminar
o conteúdo de cada pagina,ou onde voce achar por bem
que deve dar um tempo para que isso aconteça,

OBSERVAÇÃO

Se este curso está valendo pra voce,continue
estudando.Acredito que quando completar a
sua iniciação,já estará bem melhor de
quando entrou aqui,assim como eu depois
que completei a minha.Creia-me,aprendi a relacionar-me
melhor comigo mesmo e com tudo o universo.
Este curso é uma luz na escuridão do saber de quem 
somos nós,o universo,e com certeza uma luz no caminho
nos conduzindo a atingir pontos cada vez mais alto
e iluminado em nossa vida.

Peço que deixe aqui o seu comentário,que me incentivara
a continuar compartilhando gratuitamente o que vou
aprendendo ao longo de meu caminho.
Para este curso,sejam dados os creditos ao autor do mesmo
((Carlos Bernado González Pecotche)











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